sábado, 31 de janeiro de 2009


Relacções Bióticas


Tipos de interacções que se podem estabelecer entre os seres vivos que ocupam o mesmo ecossistema. As relações bióticas podem ser favoráveis ou positivas, quando não comportam prejuízos, sendo benéficas para pelo menos um dos indivíduos intervenientes na associação, ou podem ser desfavoráveis ou negativas, se pelo menos um dos indivíduos intervenientes é prejudicado. Quando a relação biótica ocorre entre indivíduos da mesma espécie, é denominada intra-específica ou homotípica (exemplos: competição pelo território, pela fêmea ou pelo alimento; ou a formação organizada de grupos cujos elementos cooperam todos para objectivos comuns, como acontece nas colónias e nas sociedades). Quando a relação biótica se estabelece entre organismos de espécies diferentes é designada interespecífica ou heterotípica. Nas relações bióticas interespecíficas favoráveis encontram-se: . o comensalismo, interacção em que uma das espécies é beneficiada sem prejuízo da outra; . e o mutualismo, associação em que ambas as espécies beneficiam, podendo ser um caso de cooperação, em que ambas as espécies beneficiam da associação facultativa, ou de simbiose, uma relação obrigatória para a sobrevivência de ambas as espécies. As relações bióticas interespecíficas desfavoráveis incluem: . o antagonismo, interacção em que uma das espécies prejudica a outra; . a competição, relação em que ambas as espécies são prejudicadas: . e a exploração, que inclui interacções obrigatórias para uma das espécies, com prejuízo da outra. A predação, interacção biótica em que uma espécie (predador) se alimenta de outra (presa) e o parasitismo, interacção em que uma das espécies (parasita) se alimenta da outra (hospedeiro), sem, geralmente, lhe causar a morte, são relações bióticas de exploração.

Reino Protista


Os protistas podem, numa perspectiva evolucionista, ser considerados como um reino de transição. Esta posição baseia-se na hipótese de que os protistas foram as primeiras células eucarióticas e na sequência deles surgiram os directos ancestrais da evolução das mais avançadas formas de vida: fungos, plantas e animais. Contudo, muitos investigadores não aceitam esta hipótese. Os protistas são organismos eucariontes, unicelulares ou coloniais, com membrana nuclear e organelos. Estes, como, por exemplo, as mitocôndrias e os plastídeos, têm membranas complexas. A mitose nestas células ocorre da mesma maneira que nas outras células eucarióticas. Possuem cílios ou flagelos, com idêntica estrutura à encontrada nas outras células eucarióticas. Constituem um grupo extremamente heterógeneo, com formas muito diversas. De um modo geral, reproduzem-se assexuadamente por bipartição ou divisão múltipla. Alguns, contudo, apresentam ciclos sexuais com meiose e fusão de gâmetas.

Reino Fungi


O reino dos fungos (Reino Fungi) constitui um dos reinos em que, segundo o sistema de classificação actualmente mais utilizado, os seres vivos se encontram divididos. Os fungos são maioritariamente pluricelulares embora também existam os unicelulares, como, por exemplo, as leveduras. Os fungos pluricelulares, cujas células apresentam núcleos organizados, são constituídos por uma série de filamentos, colocados apertadamente uns contra ou outros, denominados hifas. O conjunto massificado de hifas designa-se por micélio.

Reino Plantae


O reino das plantas (Reino Plantæ) agrupa organismos eucariontes multicelulares, com progressiva diferenciação de tecidos, haplodiplontes e autotróficos (fotossintéticos). As plantas possuem como pigmentos fotossintéticos clorofila a, clorofila b e carotenóides e como substância de reserva o amido. As células vegetais apresentam parede celular com celulose. Nas plantas, a reprodução é principalmente do tipo sexuada, com alternância de gerações (gametófita e esporófita) e de fases nucleares (haplóide e diplóide). As plantas superiores apresentam uma redução progressiva da geração gametófita e da fase haplóide. A sistemática das plantas baseia-se em várias características, nomeadamente a presença ou ausência de tecidos condutores, na existência ou não de sementes e de flores e o tipo de embrião.

Reino Animalia


O reino dos animais (Reino Animalia) agrupa organismos eucariontes multicelulares, com progressiva diferenciação de tecidos, diplontes e heterotróficos (nutrição por ingestão). A maioria dos animais tem locomoção, pelo menos numa fase do seu ciclo de vida. As células animais não têm parede celular, pigmentos fotossintéticos nem plastídios. A reprodução neste reino é predominantemente sexuada. Os gâmetas femininos são imóveis e grandes e os masculinos são flagelados e mais pequenos. A maioria dos animais apresenta um sistema nervoso, capaz de detectar as alterações internas e externas que afectam os organismos e de coordenar essas informações. Na sistemática dos animais são utilizados vários critérios de classificação, entre os quais, o desenvolvimento embrionário, a simetria, a metamerização e o comportamento.

Reino Monera


É um grupo constituído por todos os organismos cujas células são procarióticas, e tem origem mais antiga que qualquer grupo vivo actual. As mais antigas bactérias fósseis datam de há cerca de 3,5 milhares de milhões de anos. Estes fósseis mostram que tiveram uma grande diversidade entre os procarióticos durante o Pré-Câmbrico. Os procariotas viveram na superfície praticamente estéril da Terra mais de dois milhares de milhões de anos, adaptando-se aos novos meios e às alterações que neles ocorreram.Os seres vivos incluídos no reino Monera são todos unicelulares e procariontes. Falta-lhes um núcleo organizado, com membrana nuclear. Não possuem cromossomas complexos como os dos organismos eucariontes, retículo endoplasmático, mitocôndrias, cloroplastos ou outro tipo de plantas, nem flagelos do tipo fibrilar, comuns nas células eucarióticas. Não se reproduzem sexuadamente, embora algumas formas possuam mecanismos que conduzem à recombinação genética.
Tipos de REINOS:

  • Reino Monera;
  • Reino Plantae;
  • Reino Protista;
  • Reino Fungi;
  • Reino Animalia.
Teia alimentar

É um conjunto de cadeias alimentares relacionadas entre si em que os seres vivos servem de alimentos a várias cadeias alimentares.

Molécula


Forma-se uma molécula quando dois ou mais átomos se aproximam até que as respectivas nuvens de electrões estejam suficientemente próximas para que haja interacção entre os electrões e os núcleos. Se este novo arranjo proporciona um sistema com um nível de energia mais baixo que os seus componentes considerados individualmente, então forma-se entre os átomos uma ligação covalente e este sistema torna-se uma molécula.Existem moléculas simples, constituídas por poucos átomos (como é o caso da água ou do dióxido de carbono, constituídos por moléculas com três átomos), e as macromoléculas, como as proteínas, os ácidos nucleicos ou os polímeros, constituídos por moléculas com um número de átomos que pode exceder a dezena de milhar.

Tecido


Os tecidos são associações de células semelhantes e interdependentes, que realizam uma ou mais funções. Para a formação dos diversos tecidos, os seres vivos alteraram as suas estruturas, produzindo respostas idênticas através de percursos distintos, utilizando células totalmente diferentes. Por exemplo, as microvilosidades intestinais e os pêlos absorventes da raiz não têm a mesma origem nem estrutura, mas nos dois casos adoptaram a mesma solução: aumentar a superfície de absorção pela emissão de prolongamentos celulares.
Orgão

Parte definida de um organismo formada por tecidos que se associam para realizar uma ou mais funções. São exemplos de órgãos animais o cérebro, a pele, as brânquias, o fígado, os pulmões, os rins e os ouvidos, e de órgãos vegetais as raízes, o caule e as flores. Os diferentes órgãos podem associar-se para formar sistemas de órgãos (sistema respiratório, sistema reprodutor, sistema vascular, entre outros).
Sistema de Orgãos

Nível mais elevado de organização estrutural dos seres vivos, o sistema de órgãos é formado por um conjunto de órgãos associados para desempenhar uma determinada função. Os vários sistemas de órgãos que se encontram nos seres vivos estão associados às funções vitais.

Célula


Unidade básica da vida, comum a todos os seres vivos. A maioria das células tem um tamanho entre 1 e 100 mm (1 micrómetro é igual a 0,001 mm). Como o olho humano só distingue pormenores até 0,1 mm, a evolução do estudo da célula esteve sempre ligada ao desenvolvimento das técnicas de microscopia. No século XVIII, com o aparecimento do microscópio óptico surgiu pela primeira vez a noção de célula e só em 1930, com o aparecimento do microscópio electrónico, foi possível observar em pormenor a estrutura celular. O estudo da célula e da sua importância nos seres vivos levou à elaboração da teoria celular, segundo a qual a célula é a unidade estrutural, funcional, reprodutora, hereditária e de desenvolvimento dos seres vivos.
Organismo

Célula ou grupo de células capaz de sobreviver individualmente e de produzir outras da mesma natureza. Os organismos simples possuem um pequeno número de células, mas pelo menos uma. Os organismos complexos são constituídos por um grande número de células que se diferenciam em tecidos e órgãos. São organismos os animais, as plantas e os microrganismos, todos capazes de se reproduzir, desenvolver e de corresponder às próprias necessidades de manutenção.
População

Conjunto de organismos da mesma espécie que ocupam um determinado habitat, num dado período de tempo. As populações de diferentes espécies que interagem numa dada área constituem uma comunidade. Uma população mendeliana pode ser definida como o conjunto de organismos entrecruzáveis e que partilham um dado fundo genético.
Comunidade

Comunidades semelhantes podem ocorrer em condições ambientais semelhantes. Contudo, o conjunto de espécies pode variar consideravelmente de um local para outro. Não é fácil definir especificamente comunidade porque espécies de uma comunidade podem também ocorrer noutras comunidades. Em muitos casos, espécies de uma comunidade podem incluir indivíduos com adaptações específicas para essa comunidade. Se estes indivíduos são transplantados para outra comunidade, onde a mesma espécie está presente, os indivíduos transplantados podem não ser capazes de sobreviver com os seus congéneres, que por sua vez estão adaptados à segunda comunidade. Indivíduos adaptados a uma comunidade específica sem uma distribuição global denominam-se ecotipos.
Ecossistema


Ecossistema

Um ecossistema é constituído pelos organismos vivos que habitam uma determinada área, o seu meio ambiente/envolvente e as interacções que se estabelecem entre estes elementos (entre organismos vivos ou entre estes e o seu meio envolvente). O conjunto de todos os ecossistemas está englobado pela ecosfera, que inclui a componente física da Terra (geosfera) e todas as formas de vida desta (biosfera).
Biosfera

O planeta Terra pode considerar-se dividido em várias esferas, de acordo com a sua composição e estado físico: a atmosfera (formada por gases, sendo o azoto o elemento predominante), a hidrosfera (engloba todos os meios onde a água é o elemento dominante - rios, oceanos, etc.), a litosfera (parte superficial rígida do globo terrestre, formada por rochas) e a biosfera, a qual pode ser definida como o conjunto formado por todas as espécies vivas e os meios em que elas evoluem.
Produtor

Ser vivo autotrófico, geralmente pertencente ao grupo das plantas verdes, que obtem energia do exterior de um ecossistema e a dirige para o interior do sistema. Nestas circunstâncias, podemos considerar a produtividade primária como a velocidade com que a energia é absorvida por um ecossistema devido à actividade dos produtores. Numa cadeia alimentar, as plantas que convertem energia do Sol em energia química são os produtores primários, e os herbívoros são produtores secundários visto utilizarem a energia das plantas e proporcionarem energia aos carnívoros.
Decompositor

Ser que obtém o seu alimento de organismos mortos ou partes de organismos, utilizando-o na construção dos seus próprios polímeros e como fonte de energia. Os decompositores transferem moléculas orgânicas do material morto para o interior do seu próprio corpo, acabando por as converter em moléculas e iões inorgânicos que ficam disponíveis para os produtores.
Consumidor

Ser heterotrófico que, para obter a energia e os nutrientes necessários à vida, tem que se alimentar de material orgânico complexo. Os consumidores são incapazes de sintetizarem matéria orgânica a partir de matéria inorgânica e, por isso, alimentam-se directa ou indirectamente dos produtores.

Níveis Tróficos

O nível trófico é o nível de nutrição (trófico é relativo à nutrição) e o nível da passagem de energia entre os seres vivos no ambiente.

Existem três deles:

  • Produtores: reúnem todos os seres capazes de autotrofia.
  • Consumidores: são organismos que consomem produtores e outros consumidores, geralmente são heterótrofos. Estes podem ser:
  1. Consumidores de primeira ordem: alimentam-se de produtores.
  2. Consumidores de segunda ordem: alimentam-se de consumidores de primeira ordem.
  3. Consumidores de terceira ordem: alimentam-se de consumidores de segunda ordem.
  • Decompositores: Consomem os restos de plantas e animais. Responsáveis pela devolução de minerais e nutrientes para o ambiente, que servirão para produtores mais uma vez, fechando o ciclo.
Cadeia Alimentar
Uma cadeia alimentar é constituída pela sequência de organismos que se alimentam uns dos outros, iniciando-se nos produtores e passando pelos herbívoros, predadores e decompositores, por esta ordem. Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de nutrientes, sempre no sentido dos produtores para os decompositores. No entanto, a transferência de nutrientes fecha-se com o retorno dos nutrientes aos produtores, possibilitado pelos decompositores que transformam a matéria orgânica em compostos mais simples, pelo que falamos de um ciclo de transferência de nutrientes. A energia, por outro lado, é utilizada por todos os seres que se inserem na cadeia alimentar para sustentar as suas funções, não sendo reaproveitável. Porque frequentemente cada organismo se alimenta de mais de um tipo de animais ou plantas, as relações alimentares (também conhecidas por relações tróficas) tornam-se mais complexas, dando origem a redes ou teias alimentares, em que as diferentes cadeias alimentares se inter-relacionam.

TPC de Biologia


Animal em vias de extinção

Lobo


O Lobo foi um dos mamíferos com maior distribuição no mundo. Hoje, devido á perseguição que lhe tem sido feita, encontra-se em perigo de extinção, sendo em Portugal um dos seus últimos refúgios na Europa. No entanto, só existem já cerca de duas a três centenas de Lobos no continente Português.

Para lutar pela conservação do Lobo e do seu habitat, formou-se uma associação - o Grupo Lobo - tendo em vista divulgar informação correcta sobre esta espécie animal e revelar factos de tal forma supreendentes que levem a compreender e a respeitar a Natureza.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Biodiversidade

Biodiversidade refere-se à variabilidade dos seres vivos que se encontram no mundo natural. O conceito abrange a diversidade genética das espécies, a diversidade genética dentro de uma dada espécie, e também a diversidade dos ecossistemas e habitats. Contudo, o foco principal do tema "biodiversidade" incide sobretudo nas espécies.
Biologia

A biologia é o estudo dos seres vivos, isto é, a ciência das plantas e animais, incluindo o Homem.

Previsão e Prevenção da actividade vulcânica
Os fenómenos resultantes da actividade vulcânica, nomeadamente o vulcanismo primário, constituem um risco natural para as populações humanas. A utilização de métodos de previsão e o estabelecimento de medidas de prevenção relativamente à actividade vulcânica permitem minimizar os riscos vulcânicos. A previsão de erupções vulcânicas baseia-se na identificação de alguns acontecimentos que são considerados sinais precursores, como, por exemplo, a detecção de anomalias físicas e químicas - como deformações no cone vulcânico, variação da temperatura da água e do solo nas proximidades dos vulcões, alteração da composição dos gases emanados - e a detecção de actividade sísmica. Outro passo fundamental na previsão é a elaboração de mapas de zonas de risco (cartas de risco) que se baseiam na história eruptiva do vulcão. Para além da previsão, a sensibilização e educação das populações para uma situação de risco podem salvar muitas vidas.
Placas Litosféricas


Placas Litosféricas

Designação das partes rígidas superficiais da Terra, com cerca de uma centena de quilómetros de espessura, cujo conjunto constitui a litosfera. Podem deslocar-se horizontalmente sobre o seu substrato viscoso, que se chama astenosfera. Os limites entre as placas, denominados bordos das placas, são de três tipos: rifte oceânico, zona de subducção e falha transformante.
Limite conversativo

Zona limite das placas litosféricas onde não ocorre nem a formação nem a destruição de litosfera. O movimento relativo das duas placas litosféricas faz com que estas deslizem uma em relação à outra. Os limites conservativos localizam-se em falhas transformantes.
Limite divergente

Zona de afastamento das placas tectónicas. Os limites divergentes situam-se em zonas de rifte das dorsais oceânicas, onde o magma ascende à superfície através de erupções efusivas e mistas, formando nova litosfera.
Limite convergente

Zona de colisão de placas tectónicas. Os limites convergentes correspondem a locais de subducção, em que a actividade vulcânica é do tipo explosivo, verificando-se a destruição de litosfera. Localizam-se, geralmente, em fossas oceânicas.
Erupção do tipo explosivo

Tipo de erupção vulcânica em que há um predomínio de violentas explosões com emissão de material sólido, em que as lavas muito viscosas, por vezes, não chegam a provocar derramamentos, constituindo, depois de consolidadas, estruturas arredondadas denominadas domas ou cúpulas. É neste tipo de erupção que pode ocorrer a formação de nuvens ardentes.
Erupção do tipo Fissural

Neste tipo de erupção os derrames lávicos processam-se, de forma variável, através de uma fractura da superfície da crosta terrestre cujas dimensões podem atingir centenas de quilómetros. Neste tipo de morfologia vulcânica podem existir cones vulcânicos devido à actividade efusiva estar associada à existência de material fluido. As lavas, quando emergem, distribuem-se em mantos que podem ocupar grandes superfícies. Estas enormes acumulações de lavas são denominadas mesetas basálticas.
Erupção do tipo Efusivo

Tipo de erupção vulcânica caracterizada pela emissão de lavas abundantes e muito fluidas. Em erupções deste tipo, a lava, muito fluida e a altíssima temperatura, desliza rapidamente, espalhando-se por enormes distâncias.
Erupção do tipo central

Tipo de erupção vulcânica a que estão associados os vulcões cónicos, ocorrendo a libertação de materiais numa zona restrita.
Magma

Material rochoso semi-fundido, provido de mobilidade e resultante da fusão das rochas da crosta e do manto superior. A maior ou menor mobilidade do magma depende da sua viscosidade, um carácter físico que resulta tanto da pressão e da temperatura a que ele se encontra como da sua composição. Em igualdade de pressão, a viscosidade diminui quando aumenta a temperatura (mais quente = mais fluido). Em igualdade de temperatura, a viscosidade aumenta com a pressão (mais comprimido = magma mais imobilizado). Em igualdade de pressão e temperatura, a viscosidade é regulada pela concentração de voláteis (ricos em voláteis = maior pressão interna e menor viscosidade = maior mobilidade ou fluidez).

Lavas Intermédias

As lavas intermédias possuem características intermédias entre as lavas ácidas e as básicas, e o seu teor em sílica está compreendido entre 50% e 70%.

Lvas Básicas

A percentagem de sílica presente nas lavas básicas ronda os 45% e os 50%. São lavas fluidas e pobres em gases, que se libertam com facilidade. A temperatura deste tipo de lavas é elevada, situando-se entre os 1100 ºC e os 1200 ºC. Nas ilhas do Hawai têm sido registadas velocidades de deslocação das lavas básicas de 30 quilómetros por hora nas encostas mais abruptas. Esta velocidade é rara, pois, normalmente, não ultrapassa os 10 a 300 metros por hora. Por serem fluidas originam: - Lavas encordoadas ou pahoehoe que, após a solidificação, dão origem a superfícies lisas ou com aspecto semelhante a cordas, - Lavas escoriáceas ou aa, cuja solidificação origina superfícies ásperas irregulares e formadas por fragmentos porosos (estas lavas avançam à velocidade de 5 a 50 metros por hora). - Lavas em almofada ou pillow lavas, que se formam nas erupções subaquáticas marinhas e que originam, após a solidificação, massas arredondadas, semelhantes a almofadas, revestidas por uma película de vidro vulcânico.
Lavas Ácidas

As lavas ácidas têm uma percentagem de sílica superior a 70%. São viscosas e ricas em gases que têm dificuldade em libertar-se. A temperatura das lavas ácidas é baixa, situando-se entre os 800 ºC e os 1000 ºC. O movimento das lavas ácidas é muito lento, quase imperceptível. Por serem viscosas formam: - Domas ou cúpulas, estruturas arredondadas resultantes da solidificação de lavas viscosas dentro da própria cratera. - Nuvens ardentes, que são massas de gases e cinzas incandescentes expelidas nas erupções vulcânicas explosivas. - Agulhas vulcânicas, que consistem em formações vulcânicas resultantes da consolidação de lavas muito viscosas, dentro da chaminé vulcânica.
Lava


Lava

Matéria magmática fundida expelida pelos vulcões. A diferença da lava relativamente ao magma reside no facto de ter sofrido importante desgaseificação. Daí o dizer-se correntemente que a lava é o magma sem substâncias voláteis. As lavas podem ser classificadas, quanto à percentagem de sílica que contêm, em ácidas, intermédias e básicas.

Géiser


Um géiser é uma fonte intermitente de água quente ou repuxos em que colunas de água quente são ejectadas a intervalos por vezes regulares de tempo, com muita força e atingindo por vezes alturas de 30 a 60 metros. Quando cessa o jacto de água, uma coluna de vapor de água sai para o exterior, usualmente com um atroador ruído.

Fumarola


Exalação de origem vulcânica de diversos vapores e gases através de fissuras da superfície terrestre, constituindo uma manifestação secundário de vulcanismo. Podem dividir-se, consoante a temperatura a que ocorrem e os tipos de gases libertados em: fumarolas secas (temperaturas acima dos 400oC, com libertação de vapor de água), fumarolas ácidas (entre os 100 e os 400oC, acompanhadas de vapor de água e anidrido carbónico e sulfuroso), sulfataras ou alcalinas (entre os 40 e os 100oC, com exalação de ácido clorídrico, a que se podem juntar gases de anidrido sulfuroso e cloreto de ferro) e mofetas (normalmente à temperatura ambiente, com libertação de dióxido de carbono, metano e vapor de água).
Estrutura de um vulcão




Arco Vulcânico


As erupções vulcânicas de lavas félsicas e intermédias estão, na sua maioria, concentradas sobre as zonas de subducção activas. Arcos vulcânicos, isto é, grupos de cones ou ilhas vulcânicas, dispostas numa linha curva na superfície da Terra, de grandes cones andesíticos, muitos deles ainda activos, que ocupam uma posição por cima das zonas de subducção.
Interior de um vulcão

Vulcanismo Intraplacas

Tipo de actividade vulcânica, normalmente do tipo efusivo, em que o magma é libertado através de centros de actividade vulcânica situados no interior das placas litosféricas, os denominados pontos quentes.

Vulcanismo Atenuado

Tipo de actividade vulcânica não eruptiva que se manifesta pela emissão de gases, por nascentes termais e por géiseres. As emissões de gases denominam-se fumarolas, que podem, por sua vez, dividir-se em sulfataras, quando predominam os compostos de enxofre, e mofetas, quando predomina o dióxido de carbono. O vulcanismo atenuado também é conhecido por vulcanismo secundário ou residual.
vulcanismo activo

Conjunto de processos e actividades que envolvem a origem, natureza e evolução dos produtos expelidos pelos vulcões ou consolidados na infra-estrutura superficial dos aparelhos vulcânicos. Uma erupção vulcânica é, geralmente, caracterizada pela emissão de lavas, isto é, material no estado de fusão ígnea, pela emissão de gases e muitas vezes pela expulsão de materiais sólidos de dimensão muito variada.
Cratera de um Vulcão


Tipos de vulcanismo

  • O vulcanismo primário pode ser, essencialmente, de dois tipos: o vulcanismo central, caracterizado pela presença de um vulcão, e o vulcanismo fissural, em que os materiais vulcânicos são expulsos através de fracturas da superfície terrestre.
  • O vulcanismo secundário refere-se a um conjunto de manifestações secundárias menos espectaculares que as verificadas no vulcanismo primário, como a libertação de gases e/ou água a temperaturas elevadas, com origem no interior da Terra. As manifestações do vulcanismo secundário podem ser fumarolas, géiseres e nascentes ou fontes termais.

vulcanismo
O vulcanismo consiste numa manifestação da geodinâmica da Terra, em que grandes quantidades de matéria e energia são transferidas do interior da Terra para a superfície. Distinguem-se dois tipos de vulcanismo, o vulcanismo primário e o vulcanismo secundário ou residual. O vulcanismo primário pode ser, essencialmente, de dois tipos: o vulcanismo central, caracterizado pela presença de um vulcão, e o vulcanismo fissural, em que os materiais vulcânicos são expulsos através de fracturas da superfície terrestre. O vulcanismo secundário refere-se a um conjunto de manifestações secundárias menos espectaculares que as verificadas no vulcanismo primário, como a libertação de gases e/ou água a temperaturas elevadas, com origem no interior da Terra. As manifestações do vulcanismo secundário podem ser fumarolas, géiseres e nascentes ou fontes termais.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Descontinuidade de Conrad


Descontinuidade de Moho



Descontinuidade de Gutenberg




Escala Internacional de Intensidade

Escala com a qual se comparam os depoimentos sobre as observações que se fizeram durante um sismo, bem como os prejuízos causados. A escala internacional de intensidade é a que resultou de uma modificação feita, em 1956, da escala proposta por Mercalli-Sieberg em 1902.
Escala de Richter

A escala de Richter está compreendida entre 1 e 9 graus e é uma forma precisa para medir a intensidade de um terramoto, calculada a partir da amplitude das ondas sísmicas observadas a uma distância conhecida a partir do epicentro. Esta escala indica-nos o máximo de energia libertada por um terramoto. Na escala de Richter, um sismo superficial ( por exemplo 10 a 30 km) de magnitude menor do que 3 sente-se na zona próxima do epicentro. Entre 4 e 5, sente-se e produz quedas de objectos e pequenos danos. A partir da magnitude entre 5 e 6, os prejuízos são apreciáveis, aumentando rapidamente para os grandes sismos destruidores de magnitude 7 e 8. Raramente os terramotos excedem a intensidade de 8 na escala de Richter.
Escala de Mercalli

Escala de 12 termos, considerada a escala internacional, na qual o primeiro termo corresponde aos sismos apenas registados por sismógrafos, e o último corresponde à destruição total das construções com modificação da topografia local. A escala de Mercalli é uma escala de intensidade, isto é, avalia o grau destruidor de um sismo.
Carta de Isossistas


Isossista

Curva que, num mapa, une os pontos em que foi idêntica a intensidade de um sismo. Para uma zona submetida a um sismo, avalia-se, por meio da escala de intensidade, a importância da destruição que se quantifica de I a XII. O epicentro encontra-se na superfície limitada pela curva que define a maior intensidade do sismo.

Sismograma

Um sismograma é o registo feito a partir de um sismógrafo.
Sismograma



Sismógrafo

Um sismógrafo é um aparelho para registo de sismos.O sismograma traçado permite determinar a direcção das ondas sísmicas, a hora da sua chegada e a intensidade (Escala de Richter), possibilitando o cálculo, a partir destes dados, da distância e da intensidade real do sismo. sismógrafo.
Sismografos


Raio sísmico

É a designação de qualquer trajectória à frente de ondas sísmicas. A libertação súbita de energia acumulada no foco sísmico traduz-se pela vibração das partículas rochosas que se transmitem segundo superfícies concêntricas designadas ondas sísmicas.

Microssismo

Movimento muito pequeno da crosta terrestre registado por um sismógrafo. Os microssismos são provocados pela actividade dos humanos, pela atmosfera (vento, variação da pressão ou temperatura), pela acção das ondas no fundo do mar, etc. O estudo dos microssismos levou a considerá-los ondas do tipo Love e Rayleigh, portanto ondas sísmicas superficiais.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Hipocentro ou Foco

É a zona localizada no interior da terra onde ocorre a libertação da energia.

Epicentro

É o ponto da superficie que fica na vertical do hipocentro ou foco.

Ondas Superficiais

Ondas Love:

O deslocamento das partículas é perpendicular á direcção de propagação e paralelo á superficie.

Ondas de Rayleigh:

A trajectória das partículas tem uma forma elíptica e move-se em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.

Ondas de Volume

Ondas De Volume

Ondas P:

Vibram na mesma direcção de propagação da onda. Este tipo de onda elástica é também designado por onda de compressão ou de rarefacção, uma vez que a sua passagem através de um dado meio rochoso é assinalada por sucessivas compressões e distensões. Possuem uma velocidade elevada e são as primeiras a chegar a qualquer ponto da superficie do globo.
Ondas S:
Vibram perpendicularmente á direccção da propagação da onda. Apresentam uma velocidade menor do que as ondas P. Durante o seu trajecto, introduzem deformações e distorções na geometria dos elementos do meio onde se propagam.
Ondas Sísmicas



Falha transformante

Falha Inversa


Falha normal


Teoria do ressalto elástico


Sismos de colapso

Sismos originados pelo colapso de estruturas geológicas, como cavernas, ou devidos a movimentos em massa.

Sismos Tectónicos

Sismos gerados pela rotura das rochas quando estas estão sob acção de fortes tensões tectónicas devido ao movimento das placas litosféricas.

Sismos Vulcânicos

Sismos produzidos no decurso de movimentos bruscos do magma ou durante o seu movimento ascensional.

Sismos Naturais:
  • Sismos de colapso;
  • Sismos tectónicos;
  • Sismos vulcânicos.

Sismos Artificiais:

  • Sismos gerados por explosões artificiais. (minas, pedreiras...);
  • Um camião a passar em cima de uma ponte.
Tipos de sismos:

  • Artificiais;
  • Naturais.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Ondas Sísmicas

Uma onda sísmica é uma onda que se propaga através da Terra, geralmente como consequência de um sismo, ou devido a uma explosão. Estas ondas são estudadas pelos sismólogos, e medidas por sismógrafos, sismómetros ou geofones.
Fenómenos Secundários

Sinais precursores:

Ocorrência de microssismos;
Alteração da condutividade electrica
;
Flutuações no campo magnético
;
Modificações na densidade
das rochas;
Variação dos níveis da água em poços próximos das falhas
;
Aumento da emissão de rádon
;
Anomalias no comportamento dos animais;

Após o sismo:

Ruídos sismicos;
Alteração do caudal
ou nível das fontes, poços e águas subterrâneas;
Aparecimento de fumarolas
vulcânicas;
Formação de tsunamis
.
Sismo

Um sismo é um fenómeno de vibração brusca e passageira da superfície da Terra, resultante de movimentos subterrâneos de placas rochosas, de actividade vulcanica, ou por deslocamentos de gases no interior da Terra, principalmente metano. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energia sob a forma de ondas sismicas.