sexta-feira, 5 de junho de 2009

Reacções de oxidação-redução

A oxidação e a redução são processos químicos complementares, que envolvem a perda de electrões por um dos reagentes (oxidação) e o correspondente ganho de electrões por outro reagente (redução). Devido às suas características, estes processos, também conhecidos por reacções redox, decorrem em simultâneo e de tal forma que o número de electrões libertados na oxidação é idêntico ao número necessário na redução.
A espécie química que perde electrões é oxidada e actua como agente redutor (dador electrões) e a espécie química que aceita electrões é reduzida e actua como agente oxidante (aceitador de electrões).
Alguns processos de oxidação comuns são a oxidação de metais (que inclui a formação da "ferrugem", ou óxido de ferro) e as combustões. Entre os processos de redução comuns estão, por exemplo, os métodos de extracção de metais a partir de minérios.
A electronegatividade, que indica a capacidade de um elemento para captar electrões, é proporcional ao potencial oxidante de um elemento. Os elementos mais electronegativos têm um grande potencial oxidante, pois têm grande tendência para formar iões negativos. Da mesma forma, os elementos com electronegatividades baixas têm um elevado potencial redutor, pois formam facilmente iões positivos. O flúor é o oxidante mais forte, sendo agentes oxidantes comuns o peróxido de hidrogénio (água oxigenada) e os iões hipocloritos contidos nas lixívias. O lítio é o elemento redutor mais forte, sendo o hidrogénio um dos agentes redutores mais comuns.
Todos os seres vivos dependem de reacções de oxidação-redução para se manterem vivos. Quer na síntese de compostos ricos em energia, na fotossíntese, quer na obtenção da energia necessária para o metabolismo do organismo, na respiração celular, decorre um complexo conjunto de reacções que envolvem a transferência de electrões entre diversos compostos intermédios, que alternam entre uma forma oxidada e uma forma reduzida. Esta cadeia de transporte de electrões termina no oxigénio, que tem uma grande importância como aceitador final dos electrões, ou, no caso dos microrganismos anaeróbios, no enxofre ou noutros compostos que tomam o papel do oxigénio.

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