sábado, 18 de abril de 2009

Ciclo de carbono

Apesar de o carbono existir na natureza em formas muito variadas, é o anidrido carbónico, no estado gasoso, existente na atmosfera ou dissolvido na água, que serve de base à síntese da matéria orgânica nos seres vivos.
Através da fotossíntese e outras formas de biossíntese, os átomos de carbono são captados pelas plantas e outros seres vivos, passando a fazer parte das moléculas orgânicas (glícidos, prótidos, lípidos, etc.) que os constituem. Através das cadeias alimentares, os átomos de carbono deslocam-se para os tecidos de todos os outros organismos do ecossistema. Contudo, é pouco provável que o mesmo átomo de carbono passe por muitos organismos num único ciclo, porque em cada passo há grande possibilidade de o consumidor utilizar a molécula orgânica na respiração celular. Quando tal acontece, os átomos de carbono são libertados para o ambiente na forma de dióxido de carbono, o que completa um ciclo mas, naturalmente, inicia outro.
Da mesma maneira, a combustão de matéria orgânica faz com que os átomos de carbono passem para a atmosfera sob a forma de dióxido de carbono. Assim que ocorre a morte dos seres vivos, os cadáveres, pela acção dos decompositores, são decompostos e mineralizados.
Em determinadas condições, os cadáveres e detritos acumulados podem provocar um abrandamento do ciclo do carbono, pois este pode ficar armazenado sob diversas formas (húmus, carvões, petróleos, etc.) que podem ter uma decomposição mais ou menos lenta. Na água, esse abrandamento ou mesmo estagnação do ciclo pode ocorrer quando o dióxido de carbono se acumula sob a forma de carbonato de cálcio (calcários, margas, corais, etc.) de origem biogénica ou química.
O teor do ar em dióxido de carbono (0,033%) resulta de trocas complexas entre a biosfera, a atmosfera e a hidrosfera. A fotossíntese permite o seu armazenamento sob a forma de matéria orgânica, enquanto a respiração, a fermentação e as combustões o restituem continuamente ao meio.

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